sexta-feira, 29 de maio de 2009

A Sagração da Primavera

A Primavera - Sandro Botticelli
A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA de Olga Roriz
Audições para bailarinos de ambos os sexos
8, 9 e 10 de Outubro de 2009 - Lisboa (local a anunciar)
Período de Criação - Março, Abril e Maio 2010
Estreia a 29 de Maio de 2010 no Centro Cultural de Belém
Digressões durante 2010
Informações: (+351) 218482318 / companhiaolgaroriz@sapo.pt
Coreografia de Olga Roriz para um elenco de 26 bailarinos
Em co-produção com o Centro Cultural de Belém
Com a Orquestra Metropolitana de Lisboa
Dirigida pelo Maestro Cesário Costa
Estreia no Grande Auditório do C.C.B. a 29 e 30 de Maio, 2 e 3 de Junho de 2010

Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar

António Lobo Antunes foi recentemente homenageado em Madrid, onde voltou a explicar a sua relação com a literatura e com a vida...

Aqui ficam alguns excertos:

Tenho medo de desiludir as pessoas que acreditaram em mim. Nunca pensei em publicar, apenas em escrever. Quando comecei, aos 31 anos, ninguém queria fazê-lo, nem em Espanha, onde todas as editoras me rejeitaram. Hoje em dia, converti-me numa marca registadora como os cereais do pequeno-almoço.

Em relação ao seu próximo livro (sai em Outubro) Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar, referiu que o título é uma alusão a uma canção popular da zona de fronteira entre Portugal e Espanha, que era geralmente entoada no Natal e comentou que o livro é uma das melhores coisas que escreveu.

Quanto à sua profissão: Sinto-me como um homem que vai ao lixo e procura coisas que os outros não querem, que deitam fora.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

~~~~~~

Eu não escrevia por estar motivado. Escrevia porque tinha de escrever [...] Não sei explicar de onde é que isto vem. Sei lá, deve ser pela mesma razão que a pereira dá peras.
fonte: Ler, Maio de 2008

Não se pode escrever para ter êxito. Se é isso que se procura, o melhor é começar a cantar.
fonte: Conversas com António Lobo Antunes, de María Luisa Blanco, 2002

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Identidade

Há muitas coisas que percebo que não sou, mas dizer exactamente o que sou não consigo. Tento, dia a dia, ganhar o título de ser uma pessoa. E já não é pouco.

José Luis Peixoto in Notícias Magazine (DN)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ficções

Eu sempre imaginei que o paraíso deve ser algum tipo de biblioteca.
Jorge Luis Borges

terça-feira, 19 de maio de 2009

In repeat

Reconhecimento

Teresa Salgueiro canta o Malhão de Cinfães em Matriz. Entretanto, chegou o reconhecimento do Município de Cinfães. E bem!
Joaquim Pereira Pinto, maestro e compositor cinfanense, esclarece que a autoria do Malhão de Cinfães, celebrizado por Amália Rodrigues na década de 1960, “é atribuída, por tradição”, a Augusto do Amaral, que o terá escrito e musicado nos finais da década de 1940.

Contar pombos

[…]
Então saio e vou para um banco de jardim contar pombos e assistir à bisca dos reformados. Talvez ponha um anúncio de convívio no jornal. A semana passada li um desses em que o cavalheiro começava por anunciar que tinha carta de ligeiros e pesados. Fiquei a sonhar com a carta de ligeiros e pesados o dia inteiro. Noutro uma senhora pedia um homem educado e não fumador. Imaginei uma viúva a beber chá de tília a uma camilha com braseira dentro. Talvez os nossos dedos se encontrassem no bule. Retratos de defuntos, incluindo um marido sombrio numa moldura com rosinhas de cobre, e ela a inspeccionar-me a roupa, suspeitosa. Dedos ossudos, quase transparentes, que deixavam que os acariciasse um momento antes de se escaparem numa vergonha corada. Um gato a desaparecer quando fechava os olhos, tornando-se bibelot. Cortinas a esconderem a rua. Sofás protegidos por plásticos. Uma esfregona espreitando num desvão.
[…]
ALA in Visão

MUDE

Na próxima 5ª feira inaugura-se o MUDE - Museu do Design e da Moda em Lisboa (antiga sede do BNU na baixa – vai ocupar um quarteirão entre as ruas Augusta, da Prata, de S. Julião e dos Correeiros).

Isto acontece 6 anos após a compra da Colecção Francisco Capelo pela CML e 3 anos após a saída do acervo do CCB.

O MUDE arranca com a exposição “Ante-estreia”, uma selecção de cerca de 180 peças que, até 11 de Outubro, se propõe explorar as relações entre o design, as artes, a política e o contexto socioeconómico.

Pontuando os 15 núcleos de design industrial e de mobiliário desde a década de 1930 à actualidade, há peças de vestuário famosas assinadas por Pierre Balmain, Courrèges, Paco Rabanne, Gaultier, Vivienne Westwood ou John Galiano.

Destaque ainda para os armários de Tejo Remy e Ronan Bouroullec, a estante Carlton de Ettore Sottsass, a Living Tower de Verner Panton, o candeeiro Moloch de Gaetano Pesce ou o "quarto universitário" de Le Corbusier e Charlotte Pérriand.

Com cafetaria, livraria especializada e auditório, o MUDE já tem nas bancas o seu catálogo em formato de revista (5€).

3ª a Domingos das 10h às 20h
6ª e Sábados das 10h às 22h

domingo, 17 de maio de 2009

quinta-feira, 14 de maio de 2009

"Back To The Palace"

As obras expostas revelam figuras como que encerradas em caixas, semelhantes às utilizadas pelos mágicos para “cortarem” as pessoas ao meio. A isto juntam-se ainda recortes, amputações e acrescentos.
A visitar!!
"Back To The Palace"
De 5 a 29 de Maio de 2009
2ª a 6ª das 10h às 18h30
Sáb das 12h às 17h
Palácio Pombal Rua do Alecrim 70 • Chiado • Lisboa


Quatro...

ISOLDA
Coreografia Olga Roriz
Música Richard Wagner (Prelúdio e Morte de Tristão e Isolda)
Desenho de Luz Orlando Worm
Figurinos Vera Castro
À FLOR DA PELE estreia absoluta
Coreografia Rui Lopes Graça
Música Philip Glass (Etudes for Piano, Vol. 1 - Etudes nº1,2,6 e 8)
Cenografia e Figurinos Vera Castro
Desenho de Luz Jorge Ribeiro
FAUNO estreia absoluta
Coreografia Vasco Wellenkamp
Música Claude Debussy (Prélude à l'après midi d'un faune)
STROKES THROUGH THE TAIL
Coreografia Marguerite Donlon
Música Wolfgang Amadeus Mozart (Sinfonia nº 40 em Sol Menor)
Figurinos Branimira Ivanova
Desenho de Luz Marguerite Donlon
Lisboa, Teatro Camões
Maio: 28, 29, 30 às 21h
Junho: 3, 4, 5 às 21h
Tardes Família: 30 de Maio às 16h

quarta-feira, 13 de maio de 2009

domingo, 10 de maio de 2009

Vaca de Fogo

A Vaca de Fogo, usada durante as Festas de Lousada, em honra do Senhor dos Aflitos, é uma espécie de caixa pirotécnica em forma de vaca, onde um homem a coloca às suas costas e percorre a avenida principal, com a "vaca" a disparar para todos os lados, "bichas de rabear". É uma tradição muito antiga, no entanto perigosa, mas que tem perdurado. No final de cada noite de festas são lançadas uma série de vacas, uma de cada vez, na qual a multidão participa, perseguindo ou fugindo da vaca, aumentando a adrenalina de quem participa. Esta já motivou uma música do grupo Madredeus, Vaca de Fogo.

Fonte: Wikipédia


À porta daquela igreja vai um grande corropio À volta duma coisa velha reina grande confusão Os putos já fogem dela deita o fogo a rebentar soltaram uma vaca em chamas com um homem a guiar São voltas Ai amor são voltas sete voltas são as voltas da maralha Ai são voltas Ai amor são voltas são as voltas são as voltas da canalha No largo daquela igreja vive o ser tradicional à volta duma coisa velha e não muda a condição

Letra e música de Pedro Ayres Magalhães

Tabacaria



Tabacaria de Àlvaro de Campos dito por João Villaret

sábado, 9 de maio de 2009

Sugestão I

«Um dia hás-de ir para África. Escolhe Moçambique. É ali que se sente o peso da nossa maravilhosa aventura, da nossa viagem, da nossa ousadia, do peso dos nossos antepassados. Se sentires o que eu senti, não trairás a nossa memória. Não te encantes com as sereias que te chamam. Amarra-te ao cheiro da terra molhada.»

O Meu Avô Africano
Aniceto Afonso
Casa das Letras

Carlos Matos Gomes acerca do livro: «Neste tão fascinante quanto delicado romance somos convidados a acompanhar a conversa travada entre um avô, soldado expedicionário a Moçambique, no início do século XX, e o seu neto, capitão, combatente do último conflito e que, nesse mesmo Moçambique, enfrenta os dilemas da sua geração de militares, dilacerados entre a realidade que anuncia o fim do Império e os conceitos que os nortearam, os juramentos a que se obrigaram.»

A ler!!!

Lançamento 2.ª feira, dia 25 de Maio, Fnac Chiado, 18h30

Aniceto Afonso
Oficial do Exército, Aniceto Afonso nasceu em Vinhais em 1942. Concluiu o curso da Academia Militar em 1963. Cumpriu comissões em Angola e em Moçambique. Licenciou-se em História pela Faculdade de Letras de Lisboa e fez um mestrado em História Contemporânea de Portugal, pela mesma faculdade. Foi director do Arquivo Histórico Militar de 1993 a 2007, integrando vários grupos de trabalho e comissões relacionadas com os arquivos de militares, a documentação e História. É membro da Comissão Portuguesa de História Militar. Publicou Anos da Guerra Colonial; Portugal e a Grande Guerra; e Guerra Colonial – Angola, Guiné, Moçambique, 1997-1998 (todos com Carlos de Matos Gomes). É autor de Portugal e a Grande Guerra de 1914-1918; História de uma Conspiração: Sinel de Cordes e o 28 de Maio e Diário da Liberdade. Colaborou na História de Portugal e na História Contemporânea de Portugal.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sugestão

Relato do crime perpetrado contra a memória da humanidade que descansa nos livros. Desde a antiguidade grega até ao Mundo Islâmico, desde os códices pré-hispânicos perdidos no fogo durante a época colonial ou a destruição nazi de milhares de livros judaicos até às situações actuais de censura em países como Cuba e China.

Para encontrar uma resposta, Fernando Báez recorre a diversos momentos da história, cuja desafortunada pedra de toque tem sido a destruição dos livros.

Ficamos a saber, por exemplo, que os árabes estão inocente, pois quando chegaram a Alexandria (séc. VII d.C.) já pouco restava da grande biblioteca. Zenóbia, a bela rainha de Palmira (Síria), foi, ao que tudo indica, uma das grandes responsáveis pelo biblioclausto, pois no ano de 272 decidiu assaltar e arrasar Alexandria.

1737 anos após a ocorrência destes dramáticos eventos, o Governo de Portugal, extingue a carreira de Bibliotecário e de Documentalista na Administração Pública.

BAÉZ, Fernando – História universal da destruição dos livros
Lisboa: Texto Editores, 2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Actor de novelas

Durante anos tive um sítio para escrever na Rua Afonso III, um segundo andar pequenino a cavalo no rio: um quarto, uma salita, uma cozinha dentro de um armário, o rio em frente e no outro lado do rio as chaminés na margem sul, as paredes cobertas de fotografias de jogadores de futebol e anúncios de astrólogos que amarravam e desamarravam pessoas, davam sorte aos negócios e tratavam a impotência, tudo ao mesmo tempo. Por alguns meses não foi apenas sítio de escrever, foi sítio de morar, sem livros e quase sem móveis, trastes comprados no lugar mais barato que encontrei, uma cama, uma cómoda, três cadeiras, a mesa de tampo de mármore partido em que trabalhava. A porteira chamava-se dona Generosa, o edifício era tão feio que se tornava lindo, abastecia-me num supermercadozito a cem metros. Uma ocasião estava na bicha do pagamento e a rapariga antes de mim pediu-me um autógrafo. Ao chegar a minha altura a senhora da caixa, proprietária e única empregada, que ouvira a história do autógrafo, perguntou-me

- Desculpe, o senhor é famoso em quê?

e respondi modestamente que era actor de novelas na televisão, em voz baixa, implorando segredo dado que me incomodava ser reconhecido. Pediu um autógrafo também e tornei-me instantaneamente uma celebridade no bairro.

[…]

ALA in Visão

Séc. V a.C.

“Sobre os deuses, nada posso afirmar, nem que existem nem que não existem: muitas coisas o impedem de saber, a começar pelo lado obscuro que envolve a pergunta, e a seguir pela brevidade da vida humana”
Protágoras (séc. V a.C.)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

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"I am an alcoholic. I am a drug addict. I am a homosexual. I am a genius"
Truman Capote