quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

letra p

«a letra p não é primeira letra da palavra poema, o poema é esculpido de sentidos e essa é a sua forma, poema não se lê poema, lê-se pão ou flor, lê-se erva fresca. lê-se sorriso estendido em mil árvores ou céu de punhais, ameaça, lê-se medo e procura de cegos, lê-se mão de criança ou tu,Itálico que dormes, lê-se país e mar e céu esquecido e memória, lê-se silêncio, lugar que não se diz e que significa, silêncio do teu olhar, silêncio ao domingo entre as conversas, silêncio de ti, pai. a letra p não é a primeira letra da palavra poema, o poema é quando eu podia dormir até tarde nas férias do verão e o sol entrava pela janela, o poema é onde eu fui feliz e onde eu morri tanto, o poema é, quando eu não conhecia a letra p e comia torradas feitas no lume da cozinha do quintal, o poema é aqui, quando levanto o olhar e deixo as minhas mãos tocarem-te, quando sei, sem rimas e sem metáforas, que te amo, o poema será quando as crianças e os pássaros se rebelarem e, até lá, irá sendo sempre e tudo. o poema dentro de si é perfume e é fumo, é um menino que corre para abraçar o pai, é a exaustão e a liberdade sentida, é tudo o que se quer aprender se o que se quer aprender é tudo.»

José Luís Peixoto
A criança em ruínas

Years of Refusal

Mais um lançamento... O novo CD de Morrissey será lançado em Fevereiro de 2009 e vai-se chamar "Years of Refusal".

Ainda não se percebe porquê, mas o bebé que ele tem ao colo tem um "W" na testa… Esperamos que a aparente falta de originalidade (inevitáveis paralelismos com Harry Potter) e ausência de bom gosto sejam compensadas pelas músicas.

Em entrevista à "Billboard", Morrissey garantiu que "Years of Refusal" será o "mais forte" de seus mais recentes trabalhos.

O CD tem 12 faixas e foi produzido por Jerry Finn, o mesmo que produziu "You are the Quarry" (2004).

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Diz-se...

Ao que parece, os Pet Shop Boys preparam-se para lançar em Março de 2009 o novo álbum, intitulado «Yes».
Entretanto, aqui fica uma das letras mais emblemáticas dos rapazes:

Love comes quickly

Sooner or later, this happens to everyone
To everyone

You can live your life lonely
Heavy as stone
Live your life learning
And working alone
Say this is all you want
But I don't believe that it's true
'Cause when you least expect it
Waiting round the corner for you

You can live a life of luxury
If that's what you want
Taste forbidden pleasures
Whatever you want

You can fly away to the end of the world
But where does it get you to?
'Cause just when you least expect it
Just what you least expect

I know it sounds ridiculous, but speaking from experience
It may seem romantic, and that's no defense
Love will always get to you

Sooner or later, sooner or later, this happens to everyone
To everyone

You can fly away to the end of the world
But where does it get you?

Love comes quickly, whatever you do

You can't stop falling

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Trade-off


«Gostar de ler é trocar horas de tédio por outras deliciosas»
Charles-Louis de Secondat (Barão de Montesquieu)

sábado, 27 de dezembro de 2008

««...»»

A fábrica de cerâmicas Faianças Artísticas Bordalo de Pinheiro está em risco de fechar, devido à falta de encomendas.

A administração admite não ter dinheiro para pagar os salários deste mês, mas, para já, não há qualquer pagamento em atraso. De notar que as Faianças, com 120 anos de existência, é a última empresa do sector na região das Caldas.

Tratando-se de um património único e um elemento diferenciador da nossa cultura, não deveria haver um plano de contingência para a resolução do problema? Afinal de contas tem havido dinheiro para salvar banqueiros e empresários burlões e mal formados… não haverá dinheiro para nacionalizar e proteger o nosso património?

E ninguém tem uma palavra a dizer sobre isto? Ministério da Cultura? Ministério da Economia? Presidência da República?

Lost in Translation

Quem ainda não viu, deverá colocar na “to do list” de 2009 o visionamento do filme de Sophia Coppola, Lost in Translation. Absolutamente genial. Fala das dificuldades de comunicação, sobre a falta de entendimento emocional e afectivo das pessoas e sobre a cumplicidade. Existem muitos néons, jogos de vídeo, enfim, todo um Admirável Mundo Novo. Um mundo que, tal como afirma a protagonista, só se vive verdadeira e originalmente da primeira vez.

Foi esse filme que inspirou os The Gift na sua bela (e desconcertante!) canção Are You Near. Com muitos néons à mistura.

Are You Near
Because everything had to be a happy end.
I began to say that nothing is about love.
Intelligent and lovely persons, like those films that we watched on TV,
intelligent and lovely women, like we watched on TV.
Those murders during the night, stupid life, drugs of all kind… do you want to see me like them?
So tell me baby please, are you near?
Just tell me one more time, are you near?
Sometimes I know you’re not as I wish, and I look at your window, there’s a light, something in… and I pass by and buzz around your corner, the telephone rings, you didn’t answer… please! Only one more time, are you near?
So scream at window and tell me that you’re near.
And I wonder if you told me that… like in "Lost in Translation" please do that!
They look at those neon lights, the love on their face… And loving all life, loving or lie, just one more lie…
Tell me baby please, are you fucking near?
Because I don’t know, so open you fucking mouth and tell me that you’re near.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Escrever

Entrega-te a essas grandes obras de arte, que são suficientes para uma vida inteira. Não te preocupes muito em escrever. A arte é uma actividade gratuita e geralmente ingrata, e na tua idade é mais importante desfrutar dela do que praticá-la. Se decidires escreveres algo, tem em mente aquilo que disseste sobre a perfeição. A coisa mais importante para um escritor é aprender a rasgar. A arte tem a ver, não só primacialmente, mas de forma absoluta, com a verdade. Arte e verdade são sinónimos. O artista é aquele que formula uma linguagem própria para revelar a verdade. Se escreveres, escreve a partir do que sentes, mas com cuidado, de forma objectiva. Nada de poses. Escreve pequenas coisas que te pareçam verdadeiras. Depois poderás descobrir que algumas delas contêm também beleza.

Iris Murdoch, in O Príncipe Negro
Relógio D’Água, 2008
(ver também post de 8 de Dezembro acerca do mesmo livro)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Concorda?

Nota relativa ao concerto - Belgrado, Sérvia

Matriz

Teresa Salgueiro está a trabalhar no novo projecto a ser lançado no início de 2009!! Chama-se Matriz e é um trabalho conjunto com o Lusitânia Ensemble.

O projecto pretende divulgar a nossa língua e música (desde o séc. XIII até à actualidade) e divide-se em 3 capítulos:

I. Música Antiga;
II. Música popular e tradicional (com um sub-capítulo dedicado ao Fado); e
III. Música portuguesa contemporânea (autores como Carlos Paredes, Fausto, Fernando Lopes Graça e Pedro Caldeira Cabral).

*****
Breve historial dos últimos anos:

Em 2006 edita o álbum Obrigado, homenageando intérpretes, compositores e autores que com ela colaboraram ao longo de 20 anos de carreira.

Em 2007 edita 3 discos!! Lança dois projectos independentes que exploram universos musicais distintos: Você e Eu e La Serena. Em Você e Eu interpreta, com o Septeto de João Cristal, 22 temas de música popular brasileira e da bossa nova, das décadas de 30 a 70. Em La Serena, acompanhada pelo Lusitânia Ensemble, interpreta temas de vários idiomas e estilos, que vão do Cancioneiro Ibérico Sefardita às mais conhecidas canções do século XX.
Apresenta-se ainda como voz solista, a convite do compositor Zbigniew Preisner, em Silence, Night and Dreams.


*****

Imparável, não pára de nos surpreender… Após dois anos profícuos em edições (Obrigado, Você e Eu, La Serena e Silence, Night and Dreams) e preenchidos de concertos, prepara-se para nos oferecer mais um conjunto de belas (certamente!) interpretações… Ainda faltam 11 passas…

Palavras

Truman Capote no seu apartamento em Brooklyn (1958)

«As palavras salvaram-me sempre da tristeza»

«A escrita tem as suas próprias leis de perspectiva, de luz e de sombras, como a pintura e a música. Se nasces com elas, perfeito. Se não, aprende-as. Em seguida, reorganiza as regras à tua maneira»

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

4 versões...

Gabriel García Márquez está a escrever um novo romance. Quem o disse ao Guardian foi o seu amigo Plinio Apuleyo Mendoza (co-autor do livro de conversas com o Gabo, intitulado O Aroma da Goiaba). Plinio referiu ao jornal que Márquez tem quatro versões e ainda está a seleccionar o melhor de cada uma delas, acrescentando que se trata de uma história de amor.

O Prémio Nobel passou o ano de 2005 sem escrever, tendo-se dedicado unicamente ao prazer da leitura.

O último romance do escritor, Memórias das minhas putas tristes, saiu em 2004.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Vitrina

A última instalação da artista Joana Vasconcelos chama-se Vitrine, trata-se de uma espécie de dragão de ráfia e cobre um prédio em obras no início da Rua do Alecrim (junto ao Cais do Sodré).

Não obstante o nome, esta “vitrina” não deixa ver o interior da construção.

É uma brincadeira, explica Joana Vasconcelos. A artista admite que a ideia de encarar a fachada do edifício como uma vitrina de qualquer coisa escondida suscita em si um certo fascínio. Até porque um prédio em obras é precisamente o oposto.
É obrigatório "espreitar"...

Banalidade interrompida

Às vezes penso numa coisa que havia ali na feira popular, em Palhavã, e que era o Poço da Morte. Pagavam-se quinze tostões e os voluntários eram submetidos à força de um vórtice que os fazia subir colados às paredes. Eu nunca tive coragem para me meter naquilo, mas ficava espectador interessado daquela minoria audaz que se entregava livremente à força que a fazia subir. Depois a máquina parava e as pessoas continuavam normalmente coladas ao chão, passeando a sua banalidade somente interrompida.

António Alçada Baptista

sábado, 13 de dezembro de 2008

The Crying Light

4 anos depois de "I am a Bird Now", chega "The Crying Light", dedicado ao mítico (e andrógino) bailarino japonês Kazuo Ohno (na foto), o qual estará presente na capa do álbum (tal como aconteceu no EP). Kazuo Ohno tem 102 anos, tendo começado a pisar os palcos apenas aos 43!!!

Saiu há pouco tempo o EP, "Another World" (ver o meu post de 5 de Novembro). O álbum, "The Crying Light", chega em Janeiro. De acordo com a Wire, os "highlights" são os sons dissonantes de "One Dove", o "sumptuoso" fundo orquestral de "Epilepsy is Dancing" e o assombrado "Another World" (que também faz parte do EP).

Antony tem uma voz "nem especificamente masculina, nem especificamente feminina, apenas humana", como diz a revista Wire.

Vamos aguardar então por Janeiro...

1. Her Eyes Are Underneath The Ground
2. Epilepsy is Dancing
3. One Dove
4. Kiss My Name
5. The Crying Light
6. Another World
7. Daylight and the Sun
8. Aeon
9. Dust and Water
10. Everglade

1927 - 2008

Admitindo ter “uma sensibilidade feminina”, Alçada Baptista enquadrava-se, segundo o próprio, entre os raros escritores que não tinham “vergonha dos afectos”. Disse: "A minha obra escrita vende-se muito por uma razão simples, porque eu sou talvez o primeiro escritor que não teve vergonha dos afectos".

A sua obra composta por mais de uma dezena de títulos, percorreu o ensaio, crónica, novela e o romance. Destaco: "Os Nós e os Laços" (1985), "Catarina ou o Sabor da Maçã" (1988), "Tia Suzana, Meu Amor" (1989), "O Riso de Deus" (1994), "Pesca à Linha – Algumas Memórias" (1998), "Um Olhar à Nossa Volta" (2002) e o seu último livro "A Cor dos Dias – Memórias e Peregrinações" (2003).
Nós agradecemos.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Branca de Neve

Depois de criações mais abstractas, como Empty Moves e Eldorado, Angelin Preljocaj quis contar uma história e partiu do conto Branca de Neve, mantendo-se fiel à versão dos irmãos Grimm, para criar um bailado romântico contemporâneo. A história é bem conhecida de todos, o que deu ao coreógrafo maior liberdade para se concentrar na linguagem dos corpos dos seus 26 bailarinos, dos símbolos e do espaço, sem que se perdesse o rumo da narrativa.

Para Branca de Neve, Angelin Preljocaj construiu uma dramaturgia musical com alguns dos mais belos excertos das sinfonias de Mahler, cujos contornos românticos encantaram o coreógrafo e que combinam na perfeição com o universo maravilhoso conseguido pelos cenários de Hierry Leproust e pelos figurinos de Jean-Paul Gaultier.

Eu diria: a não perder!

27 e 29 Dez 2008 - 21:00
28 Dez 2008 - 17:00
GRANDE AUDITÓRIO
CCB

Festa dos Livros


Até 23/12/2008
Todos os dias das 10h00 às 20h00
Loja do Museu Gulbenkian

É possível encontrar todas as publicações editadas pela Fundação, a preços reduzidos. Para além d os livros, há também objectos com a marca da Fundação e outras sugestões para a época natalícia…

terça-feira, 9 de dezembro de 2008





É isso mesmo!!!













Comida
Arnaldo Antunes /Marcelo Fromer/Sérgio Britto
Bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de quê?
você tem fome de quê?
a gente não quer só comida
a gente quer comida, diversão e arte.
a gente quer saída para qualquer parte.
a gente quer bebida, diversão, balé.
a gente quer a vida como a vida quer.

bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de quê?
você tem fome de quê?
a gente não quer só comer,
a gente quer comer e quer fazer amor.
a gente quer prazer pra aliviar a dor.
a gente não quer só dinheiro,
a gente quer dinheiro e felicidade.
a gente quer inteiro e não pela metade.
bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de quê?
você tem fome de quê?

Estante

REK
Designer: Reinier de Jong
Preço: € 5.500






segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Arte


«Todo o artista é um amante infeliz. E os amantes infelizes têm necessidade de contar a sua história.»

A arte é «a luz sob a qual é possível restaurar o coração humano.»

Iris Murdoch, O Príncipe Negro
Relógio D'Água

Desassossego

(...)
Um colo ou um berço ou um braço quente em torno ao meu pescoço... Uma voz que canta baixo e parece querer fazer-me chorar.... Um ruído de lume na lareira... Um calor de inverno... Um extravio morno da minha consciência... E depois sem som, um sonho calmo num espaço enorme, como lua rodando entre estrelas.
(...)
Ergo os olhos e vejo as estrelas que não têm sentido nenhum... E de tudo isto fico apenas eu, uma pobre criança abandonada, que nenhum Amor quis para seu filho adoptivo, nem nenhuma amizade para seu companheiro de brinquedos.Tenho frio de mais. Estou tão cansado no meu abandono. Vai buscar ó Vento, a minha Mãe. Leva-me na noite para a casa que não conheci... torna a dar-me ó Silêncio, a minha ama e o meu berço e a minha canção com que eu dormi.

Bernardo Soares in Livro do Desassossego
Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa, semi-heterónimo de Fernando Pessoa

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

«1 autora, 202 canções»

Amélia Muge, cantora e autora de 202 canções, apresenta-se domingo, dia 7, no CCB com dois convidados: Ana Moura e os Gaiteiros de Lisboa.
A ver!
A música de Amélia é um universo sonoro muito particular, liga o antigo ao moderno, o popular ao erudito, a música portuguesa às músicas do mundo. Não segue as convenções habituais. Nunca. E ainda bem!

É tempo, sobretudo, de recolecção em prados conhecidos. De pegar em cada canção, olhá-la como se olha uma planta, ponderar o que é fruta, flor, cacto ou arbusto, escolher as mais resistentes, as que melhor se darão no mercado da praça, as mais vistosas, eventualmente as que, com formas estranhas, possam chamar a atenção porque definitivamente, mais ninguém tem iguais para vender.

Amélia Muge

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Despropósito?


«Cada vez que participo num programa de televisão em directo, tenho vontade de me levantar e de, a completo despropósito, dar uma estalada no apresentador. Não tenho nenhuma espécie de aversão para com qualquer apresentador. Pelo contrário. Normalmente, são pessoas que sabem fazer muito mais expressões faciais do que aquelas que mostram. A corrente que me puxa é a curiosidade acerca daquilo que aconteceria depois. Fazem-me perguntas: quando começou a escrever?, porque escreve?, quais são os autores que mais o influenciaram? Eu respondo devagar, e, por detrás de cada palavra, sinto vontade de levantar-me, ter a completa percepção de todos os meus movimentos e dar-lhes uma estalada.»

[…]
«Chorei dentro do carro com seis ou sete anos e chorei fora do carro, trinta e quatro anos, atrás de uma árvore, ridiculamente, a fingir que atava um sapato. »

José Luis Peixoto, in Visão

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Gabriel


i can fly
but I want his wings
i can shine even in the darkness
but I crave the light that he brings
revel in the songs that he sings
my angel gabriel
i can love
but I need his heart
i am strong even on my own
but from him I never want to part
he's been there since the very start
my angel gabriel
my angel gabriel
bless the day he came to be
angel's wings carried him to me
heavenly i can fly but I want his wings
i can shine even in the darkness
but I crave the light that he brings
revel in the songs that he sings
my angel gabriel
my angel gabriel
my angel gabriel

Arquitectura literária

Biblioteca no Kansas

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

domingo, 30 de novembro de 2008

Insustentável leveza


The Weight Of My Words

There are very many things
I would like to say to you,
but i've lost my way
and I've lost my words.
There are very many places
I would like to go
but I can't find the key
to open my door.
The weight of my words
-you can't feel it anymore.
The weight of my words
-you can't feel it anymore.
There are very many ways
I would like to break the spell
you've cast upon me.
Because all the time
I sacrificed myself
to make you want me,
has made you haunt me.
The weight of my words
-you can't feel it anymore...