terça-feira, 30 de junho de 2009

1940-2009

A dança fica mais pobre. Nós ficamos tristes.
A coreógrafa alemã Pina Bausch morreu hoje. A autora de "Café Müller", a única peça que interpretou, soube há cinco dias que sofria de cancro. O seu estilo expressionista, recebido como controverso, tornou-a a grande dama da dança contemporânea alemã.
Participou no fime de Fellini "O Navio" (1982) e depois em "Fala com Ela", de Pedro Almodóvar (2001). Em 1990, realizou "O Lamento da Imperatriz" e estava a planear fazer um filme com Wim Wenders.

domingo, 28 de junho de 2009

Nem mais...

Dada a palhaçada que tem caracterizado os panoramas político, cultural e económico em Portugal, parece-me perfeitamente oportuno:

De que é que mascarava o Sócrates este carnaval?

O Sócrates?!? Não o mascarava de nada, mandava-o à merda!

Maria do Carmo Castello Branco dixit

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Filosofia musical

É obrigatório ouvir A Mãe, o novo álbum de originais de Rodrigo Leão.
Composto em locais tão distantes como Nova Iorque ou Goa, tem colaborações de Stuart Staples (Tindersticks), Neil Hannon (The Divine Comedy), Daniel Melingo e a Orquestra Sinfonietta de Lisboa.

Este é o meu disco mais filosófico, no sentido em que aborda questões da vida e da morte, o que estamos aqui a fazer e para onde vamos, mas encaradas de uma forma natural, não temos de nos deprimir por levantarmos estas questões.

Para mim as músicas nunca estão prontas. Há um ano, diria que o disco teria três temas cantados em português e o resto tudo instrumental. Mas com o tempo as músicas vão mudando e mudam-nos a nós.

Se mudam, Rodrigo, se mudam!... Já tinha dito que é obrigatório ouvir?

terça-feira, 23 de junho de 2009

De qualquer modo

De qualquer modo dança.
De qualquer modo sente.
De qualquer modo o corpo contém o dia.
De qualquer modo as cores e o Músculo.
De qualquer modo o coração.
De qualquer modo sempre no Fundo a Memória.
De qualquer modo sem TEORIAS.
De qualquer modo com a teoria da poética que é não existir teoria e só existir poética
De qualquer modo a ciência atrapalha 1 pouco mas não totalmente.
De qualquer modo Curiosidade.
De qualquer modo coleccionar montanhas.
De qualquer modo acabar quando o ritmo exige que se continue
o ritmo exige coisas que não devemos aceitar obedecer ser escravos.

excerto d' O Livro da Dança, de Gonçalo M. Tavares

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sambé a somar

O bailarino português Marcelino Sambé, de 15 anos, venceu na quinta-feira o XI Concurso Internacional de Artistas de Bailado e de Coreógrafos de Moscovo (teatro Bolshoi), numa luta renhida entre 40 candidatos ao prémio na categoria júnior.

Marcelino Sambé ganhou a medalha de prata, não tendo sido atribuída a medalha de ouro. A competição decorreu em três etapas e o português conseguiu vencer na última etapa, em que participaram 20 bailarinos.
[De relembrar que já este ano, o bailarino também já arrecadou o Youth American Grand Prix Competition em Nova Iorque, igualmente na categoria júnior.]

domingo, 21 de junho de 2009

sábado, 20 de junho de 2009

inÚTILreVISTA

Com direcção de Ana Lacerda, Maria Quintans e João Concha, acabou de ser criada a inÚTILreVISTA, sob o seguinte mote:

«Podemos perdoar um homem que faça uma coisa útil desde que não a admire. A única desculpa para fazer uma coisa inútil é ser objecto de intensa admiração.» Oscar Wilde

Aqui fica o primeiro (útil) editorial:

INÚTIL pretende ser um terreno onde a experimentação do registo poético passe pelos ângulos, escadas, esquinas, becos e afagos da expressão artística, desconstruída pelas duplas mãos da palavra e da imagem. O inútil desmultiplica-se em processo de pensamento, na conversa desfocada entre a lente do fotógrafo, a curva da estrada, a imagem encurralada no papel da viagem até ao interior da página.

Começa assim a vida de uma espécie Inútil, desintegrada em imaginárias matérias. As piruetas fazemo-las nós, a três dimensões, em traços construídos de margens e desenhando letras suspeitas de deslizes triangulares. No sofá estendemos circularmente a poesia, a prosa poética, o ensaio, o desenho, a fotografia, a colagem, o movimento, costurados em diálogos cúmplices com a linha do conceito temático de cada número. A periodicidade é inútil, ainda que assuma agora a forma quadrimestral.

Pretendemos acordar sem nos lembrarmos dos sonhos. Crescer em plataformas de rasgões de luz, como o lado contrário do útil, que se perde sempre em registos demasiado fáceis de conceitos literários esvaídos. Rascunha-se o tema como corpo começado e inutilmente deixado ao relento para que se descole a pele e se rasguem os princípios do preto e branco geométrico da arte transformada na coisa inútil que será sempre. INÚTIL é um ensaio onde a ilusão pode ser sempre o vibrato do olhar.

Agora, fechemos os olhos e comecemos a ilustrar a porta de um dos mortais pecados assinados por aqui. Que seja a ira a pulsação INÚTIL do primeiro número.

Que esta revista perdure!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

"Quase Famosos" meet Madchester

O Frágil volta a receber os Quase Famosos, um grupo de DJ’s.

Desta vez, sob o pretexto de comemorar os 20 anos do lançamento do primeiro álbum dos The Stone Roses.

The Stone Roses foi um dos mais influentes grupos de rock inglês (décadas de 80 e 90), formando juntamente com o Happy Mondays e o The Charlatans o movimento conhecido como Madchester, na cidade de Manchester, Inglaterra.

De acordo com Nuno Costa Santos, um DJ quase famoso: «...é bom sublinhar que a coisa de Madchester é apenas o mote. Ou seja: também se vai poder ouvir The Whitest Boy Alive no Frágil. Importante é a festa, o convívio, a coreografia.» Ricardo Esteves Correia, outro DJ a caminho da fama :-), concorda!!!! Lá estarei, Ricardo!

sábado, 13 de junho de 2009

Visionário

3 de Dezembro de 1944 - 13 de Junho de 1984

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Favorito

Edward Hopper
(Nyack, 22 de Julho de 1882 - 15 de Maio de 1967)

Realista imaginativo, retratou com subjectividade a solidão urbana e a estagnação do homem causando ao observador um impacto psicológico. A obra de Hopper sofreu uma forte influência dos estudos psicológicos de Freud e da teoria intuicionista de Bergson, que buscavam uma compreensão subjectiva do homem e dos seus problemas. O tema das pinturas de Hopper são as paisagens urbanas, porém, desertas, melancólicas e iluminadas por uma luz estranha. "Os edifícios, geralmente enormes e vazios, assumem um aspecto inquietante e a cena parece ser dominada por um silêncio perturbador" (Proença, 1990, p. 165). Expressão de solidão, vazio, desolação e estagnação da vida humana, expresso pelas figuras anónimas que jamais se comunicam. Pinturas que evocam silêncio, reserva, com um tratamento suave, exercendo frequentemente forte impacto psicológico.





Hopper vs. Lego

Nighthawks (1942)

(c. 1524 — 10 de Junho de 1580)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Pointe to Point

6º ENCONTRO DE DANÇA ÁSIA-EUROPA
13 e 14 Junho

Instalações, performances, vídeos, espectáculos, palestras
Vários artistas
Auditório, Foyer e Salão Macau
16.00-23.00
Co-produção: alkantara festival/Fundação Oriente

Dezasseis artistas oriundos de vários países europeus e asiáticos apresentam-se ao público lisboeta com um programa que se prolonga ao longo de dois dias.

alkantara acolhe pelo primeira vez o projecto Pointe to Point - Encontro de Dança Ásia-Europa, uma iniciativa de intercâmbio da Asia-Europe Foundation (ASEF) que tem como objectivo capacitar artistas da Ásia e da Europa a reflectirem sobre a sociedade contemporânea através das suas expressões artísticas individuais.

Mais informações no site alkantara (http://www.alkantara.pt/), através do tel. 213 152 267 ou e-mail alkantara@alkantara.pt.

PROGRAMA NO MUSEU DO ORIENTE
13 e 14 Junho

16.00-23.00
Ana Trincão [Portugal]
TIMELINE
Instalação/documentação
I-Chen Zufellato [Itália]
BROADCASTING FAGARAZZI & ZUFFELLATO
Instalação vídeo


13 Junho
16.00
Sioned Huws [Reino Unido]
‘AOMORI PROJECT’ LISBON
Espectáculo dança 25’
16.30
Abhilash Ningappa [Índia]
LIFE UNEDITED
Palestra vídeo 35’
17.15
Paloma Calle [Espanha]
ZOO
Performance 15’
17.45
Fhami Fadzil [Malásia]
WAYANG WHAT?!
Espectáculo teatro/instalação 45’
19.00
Daniel K [Singapura]
Q&A (FULL PIECE TENTATIVELY)
Espectáculo dança 50’
21.30
Dick Wong [China]
B.O.B.* - VERSION 1.0
Espectáculo dança 15’
22.00
Antonio Tagliarini [Itália]
SHOW
Espectáculo dança 60’

14 Junho
16.00
Citra Pratiwi [Indonésia]
THREE O
Vídeo 30’
16.45
Nunu Kong [China]
HOW I DO WHAT I DO IN AND OUT OF CHINA
Palestra vídeo 30’
17.30
Takao Kawaguchi [Japão]
GOOD LUCK (EXCERPT)
Espectáculo dança 35’
18.15
Teresa Prima [Portugal]
PROJECTO B PARA POINTE TO POINT
Palestra/performance 30’
19.00
Seon-Ja Seo [Coreia]
A GESTURE OF PLACATING
Espectáculo dança 30’
19.45
Joavien Ng [Singapura]
BODY SWAP
Performance/instalação 30’
21.30
João Evangelista [Portugal]
HOLDING A TIGER BY THE TAIL (OR LIFE IS NOT A DRESS REHEARSAL)
Espectáculo dança 45’
22.30
Cosmin Manolescu [Roménia]
SUPERSOMETHING [PTP VERSION 01]
Espectáculo dança e apresentação vídeo 30’

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Ainda os 4 coreógrafos

Jornal Público
A forma das coisas
06.06.2009
Quatro coreógrafos, CNB
3 de Junho, 21h, Teatro Camões
Meia sala

[Apresenta-se apenas o excerto relativo a Isolda de Olga Roriz]

[…] Olga Roriz faz de Wagner, e do seu Prelúdio e Morte de Tristão e Isolda, a matéria-prima para explorar não tanto o virtuosismo dos intérpretes […] mas um espaço-tempo onde conflui um dramatismo que é explorado não pela estética mas pela forma.

[…] E a relação entre o tempo e a gestão de referências […] é gerida com contenção e utilizada a favor de uma coreografia que, enquanto se desenvolve, se liberta das raízes e ganha uma identidade única.

A intrincada combinação entre música e movimento, agindo enquanto entidades complementares e nunca servis, permite isolar cada uma das intérpretes que, nunca cedendo na hierarquização, encontram um espaço identitário comum que partilham como se dele dependesse a sua existência. Esta liberdade na criação, capaz de gerir as treze bailarinas numa imensa massa vermelha e negra […] resiste à forma, ganha espaço autónomo num discurso eminentemente trágico e liberta-se de estrangulamentos temporais.

Não deixa, por isso, de ser paradoxal que tendo sido criada em 1991, ano de afirmação internacional da nova dança portuguesa, Isolda permaneça ainda como uma peça que, dezanove anos depois, permite perceber, em retrospectiva, não só o discurso singular de Olga Roriz - trabalhando o conteúdo e extravasando a forma, acumulando generosamente sentidos e direcções, movendo-se em territórios formais mas neles descobrindo relações inusitadas -, mas também, e sobretudo, a singularidade do desenho coreográfico que faz dos corpos femininos.

Na mesma voluptuosidade, no mesmo mergulho intenso na emoção, na mesma sensação de abandono das figuras femininas que já vinha do matricial solo Jardim de Inverno (1989, refeito em 2004), e se prolonga, por exemplo, em Os olhos de Gulay Cabbar (2000), mas também nas sequências dançadas só pelas mulheres em Pedro e Inês (2003) ou até mesmo dos esboços de personagens que criou para as intérpretes de Paraíso (2007), pode ver-se a força autoral de uma coreógrafa que não se limita a juntar barrocas paisagens visuais.

Tiago Bartolomeu Costa
___________________________________
Em relação às peças dos três restantes coreógrafos, em minha opinião as mesmas consubstanciaram uma bela e interessante viagem aos respectivos universos dos seus criadores. Permaneceu a vontade de os rever. Brevemente. Foram eles:

Rui Lopes Graça com À flor da pele, Vasco Wellenkamp com Fauno e Marguerite Donlon com Strokes through the tail.

domingo, 7 de junho de 2009

«»

Irrita-me a felicidade de todos estes homens que não sabem que são infelizes. A sua vida humana é cheia de tudo quanto constituiria uma série de angústias para uma sensibilidade verdadeira. Mas como a sua verdadeira vida é vegetativa, o que sofrem passa por eles sem lhes tocar na alma, e vivem uma vida que se pode comparar à de um homem com dor de dentes que houvesse recebido uma fortuna - a fortuna autêntica de estar vivendo sem dar por isso, o maior Dom que os deuses concedem, porque é o Dom de lhes ser semelhante, superior como eles (ainda que de outro modo) à alegria e à dor. Por isto contudo os amo a todos. Meus queridos vegetais!

Excerto de O Livro do Desassossego

sexta-feira, 5 de junho de 2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Dischi straordinari

Indo além das capas, este livro traz a arte no desenho dos próprios discos de vinil numa panóplia de cores e desenhos. Mais de 400 foram reunidos, de músicos que atravessam gostos e gerações – The Beatles, Elvis, Queen, Pink Floyd e Prince são apenas alguns exemplos.

Edição: Taschen
Formato: 240 x 240, 432 pág.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A magia da montanha

Pela primeira vez, «A Montanha Mágica», de Thomas Mann é traduzida para português directamente do alemão por Gilda Lopes Encarnação. Foram necessários 2 anos para traduzir as 1000 páginas do original (816 em português).

Resumindo as 816 páginas: história de um jovem engenheiro naval alemão, Hans Castorp, que se desloca a Davos para tratar de uma anemia e, também, para visitar o seu primo, Joachim Ziemssen, que se encontra internado num sanatório para pessoas que sofrem de doenças respiratórias. Porém, durante a visita, Hans, apresenta sinais que indicam estar infectado com tuberculose e a sua partida vai sendo constantemente adiada, por motivos de saúde, ao longo de meses e anos. Aos poucos, Hans vai-se desligando da família, da carreira e do tempo, sentindo-se atraído pela doença e pela morte. Uma curta visita de 3 semanas prolonga-se por 7 anos.

Uma das particularidades desta obra tem a ver com a sua estrutura extravagante: cada capítulo é maior que o anterior (o primeiro tem 17 páginas, o último tem 215). Por outro lado, nas secções iniciais o tempo passa muito devagar, enquanto que para o final os anos sucedem-se em breves frases. Isto corresponde à experiência do protagonista no sanatório nas montanhas: “o tempo das pessoas não interessa para nada” e a “unidade mínima é o mês”.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Matriz

Próxima aparição:
10 de Junho às 22h na Fortaleza de Sagres

"Bordaliana"



Joana Vasconcelos encomendou em 2005 um lote de 11 animais à Fábrica de Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro. Quatro anos depois, o lagarto, a cabeça de touro, a rã, o sardão, o caranguejo, a cabeça de cavalo ou de burro, a lagosta e a vespa aparecem revestidos de naperons de croché, numa exposição intitulada “Bordalina”.
Os 11 bicharocos recuperados a partir do genial e fantástico bestiário criado por Bordalo Pinheiro (1846-1905), 120 anos depois de o artista os ter levado à Exposição Universal de Paris!!!

Ainda que algumas formas se repitam, a identidade de cada peça é conferida pelas cores e padrões dos naperons que as revestem. Por exemplo, o touro cobriu-se de rendas de bilros vermelhas, o lobo tem rosetas creme, o burro tem o padrão oriental e a vespa veste rendados da Madeira.

Uma forma de homenagear Rafael Bordalo Pinheiro numa altura em que a fábrica das Caldas vivia a ameaça de encerramento. Felizmente, a ameaça desvaneceu-se…

Obrigatório visitar!

“Bordaliana”
28 de Maio 2009 - 11 de Julho 2009
Espaço Fundação PLMJ
Rua Rodrigues Sampaio n.º 29
Lisboa

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Body Memory

Entre os universos da performance, do teatro e da dança, Body Memory de Sylvia Rijmer, dirige-se especificamente ao público da não-dança. Por vezes mais séria, outras vezes cómica, Body Memory é uma peça em que se procura responder às questões por vezes simples e por vezes mais complicados com que frequentemente saímos de uma sala de espectáculos.

Sylvia Rijmer, nascida em Lagos, na Nigéria, tem ascendência holandesa e japonesa. Estudou dança na Indonésia, na Holanda, em Inglaterra e nos Estados Unidos. A sua carreira profissional iniciou-se na Alemanha e na Suíça e, em 2003, a dança trouxe-a finalmente a Portugal, para integrar o Ballet Gulbenkian e, mais recentemente, a Companhia Olga Roriz.
Centro Cultural de Belém
6 de Junho, 19h
Bailarina e coreógrafa: Sylvia Rijmer

Metafonia em DVD

Na próxima 5ª feira, os Madredeus editam o DVD Concerto Estúdio - Ao Vivo no Teatro Ibérico. Trata-se de um dos concertos de Metafonia, disco editado em 2008 (após a saída da Teresa Salgueiro).
O DVD tem duração de 3 horas e reproduz o espectáculo ocorrido a 15 de Novembro de 2008 no teatro lisboeta. Para além dos temas do CD Metafonia, o DVD conta ainda com dois novos temas não editados ainda em disco, "Flor do Alentejo" e "Só Amor Pode".

Os Madredeus surgiram em 1986 em Lisboa, tendo vendido cerca de 3 milhões de discos em todo o mundo.

Actual composição:

Guitarra clássica: Pedro Ayres
Sintetizadores: Carlos Maria Trindade
Vozes: Mariana Abrunheiro e Rita Damásio
Harpa: Ana Isabel Dias
Violino: Jorge Varrecoso
Percussão e bateria: Ruca Rebordão e Babi Bergamini
Guitarra eléctrica: Sérgio Zurawski
Baixo: Gustavo Roriz

Alinhamento:

01. Vou
02. O Eclipse
03. Ajuda
04. Um amor infinito
05. Anseio
06. A estrada da montanha
07. Coisas pequenas
08. A profecia atlântica
09. Uma pausa
10. Um amor, assim
11. O labirinto parado
12. O Paraíso
13. Dança de Outono
14. Flor do Alentejo
15. Só o amor pode
16. Agora
17. Lisboa do mar
18. Inventar
19. Uma caipirinha
20. Voava na noite
21. A comunhão
22. O mar
23. Ecos na catedral
24. Ao crepúsculo