sábado, 31 de outubro de 2009

A ensaiar...



Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento....

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

Ary dos Santos

[obrigado à Ana Lacerda pela partilha]

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