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quarta-feira, 29 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
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«Possivelmente, o amor continua a chamar-nos do centro do labirinto e nós andamos ás voltas sem sermos capazes de o encontrar (...) e talvez seja necessário despojarmo-nos de muitas coisas e tornar a vestir as vestes da inocência para que o amor nos possa ser revelado.»
O Riso de Deus, excerto
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Andy Warhol
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Warhol foi o primeiro artista a compreender e a ousar explorar a ligação entre arte e vestuário. Quem disse que uma loja não pode ser uma galeria de arte? Com efeito, a loja situa-se numa zona de prestígio, onde predominam galerias de arte e lojas especializadas na área de lifestyle.
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Rua da Escola Politécnica, 40
Príncipe Real, Lisboa
sábado, 25 de outubro de 2008
Valsa lenta
Já passaram 10 anos desde que morreu. Deixou-nos uma obra não muito vasta, mas de excelência. A sua vida boémia, da rua e da noite, resultou em experiências que reflectiu em alguns dos seus textos. O livro «Alexandra Alpha» (pouco conhecido, injustamente) talvez seja o melhor exemplo.
A sua obra-prima é, no entanto, o livro «O Delfim». Livro quase perfeito, onde se assiste à depuração extrema da escrita. Sem palavras a mais nem a menos. Como só ele sabia fazer. De uma austeridade notável, o livro é o exemplo da essencialidade da sua escrita. A ler, ou a reler. Em voz alta.
Todos os anos o mar rasga a membrana de areia que corta a linha das dunas, insinua-se nela, penetra por esse corredor e carrega sobre a lagoa, fecundando-a de vida nova. O ventre amplo, ventre macio forrado de lodo, revolve-se, transborda, mas, passado o ímpeto, povoa-se de pequeninas centelhas de cauda a dar a dar e a lagoa fica majestosa e tranquila como um odre luminoso de peixes abandonado no vale, entre pinhais.
Um viajante que ponha o dedo no mapa do Automóvel Clube e percorra o litoral vai encontrá-la, mais quilómetro menos quilómetro, entre a linha azul do oceano e as manchas acastanhadas dos montes. Se for caçador, melhor, menos a esquece, porque tem um desenho inconfundível: o contorno de uma pata de ganso espalmada sobre o papel (o que me leva a imaginá-la como gerada há milhões de anos por um gigantesco animal voador que, no regresso de outros continentes, tivesse tocado a terra naquele ponto e a afundasse, fazendo brotar água. Um mito? Paciência.
«O Delfim» (excerto)
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Retrato de José Cardoso Pires, a tinta da china, por Júlio Pomar, 1949
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Amigos
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[…] Sobretudo, não acredite nos seus amigos, quando lhe pedirem que seja sincero para com eles. Esperam somente que os mantenha na boa ideia que fazem de si próprios, fornecendo-lhes certeza suplementar que extrairão da sua promessa de sinceridade.[…]
Albert Camus in A Queda
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Eclipse
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Esta colectânea de textos não pretende ser o diário de viagem de um grupo no seu sentido quotidiano e descritivo, traduz sim uma visão pessoal do mundo enquanto "nómada de luxo" (utilizamos o avião em vez do camelo), ao longo de 8 anos de deambulações que tenho feito integrado na comitiva Madredeus, de 1994 até hoje. (...) Carlos Maria Trindade
Entre as muitas curiosidades relacionados com os Madredeus o livro revela, por exemplo, que o álbum O Paraíso esteve para intitular-se O Eclipse.
Eclipse
Coincidência ou não, o primeiro single do disco Metafonia intitula-se Eclipse. Ainda bem que continuam a existir reminiscências da anterior fase. Ainda bem que continuam a fazer música. Como só eles sabem. Oxalá continuem por muito mais tempo.
O regresso às origens…
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O Teatro Ibérico ocupa parte do antigo convento da Madre de Deus. Há cerca de 20 anos, o primeiro disco (Os Dias da MadreDeus) seria gravado aí, na antiga igreja de Xabregas, durante as noites de 28, 29 e 30 de Julho de 1987.
Nesse ano, o jovem escritor Miguel Esteves Cardoso publica um vibrante texto no semanário musical «Blitz», onde defende que «A música é um dos géneros da verdade» e os Madredeus a melhor esperança da nação.
Recorde-se que com aquele disco, os Madredeus estabeleceram o seu estilo musical entre o conhecido fado português e influências da música brasileira, bem como música clássica. Com a voz única de Teresa Salgueiro e as delicadas melodias e criações de Pedro Ayres Magalhães, Gabriel Gomes e Rodrigo Leão, a banda começou a ganhar uma legião única de seguidores e fãs.
A aventura vai recomeçar!!!!
Em Novembro de 2008, o mesmo palco volta a receber o (renovado) grupo para a apresentação do álbum Metafonia. Viva!!
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quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Madredeus: Metafonia
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Os renovados Madredeus – com Pedro Ayres Magalhães e Carlos Maria Trindade como núcleo do projecto – assumem o desejo de poder tocar as nossas composições, mais alto e para mais pessoas. Por isso a banda alargou-se a nove elementos (o décimo músico do disco é o violinista Jorge Varracoso, que se juntou à banda como convidado especial) e inclui agora instrumentos que nunca tinham sido utilizados na sua música anteriormente: a bateria e a guitarra eléctrica.
À formação mais alargada, foi decidido chamar A Banda Cósmica: A partir de agora poderemos sempre fazer os concertos de câmara que são a nossa tradição ou apresentarmo-nos perante audiências maiores, com a Banda Cósmica, a banda que toca mais alto.
Depois do abandono de Teresa Salgueiro, os Madredeus receberam o currículo de muitas jovens cantoras que pretendiam ocupar-lhe o lugar e a escolha recaiu sobre as vozes de Rita Damásio e Mariana Abrunheiro.
Metafonia, um duplo cd, reúne 12 faixas com novas composições no primeiro disco e 7 temas antigos da banda, no segundo, recriados com o novo som dos Madredeus.
Disco 1 (inéditos)
Vou (larga o navio)
O Eclipse (Habitas no meu pensamento)
A profecia atlântica
Uma caipirinha
Um amor assim, o que será
Inventar (meditar no contratempo)
Voava na noite
A comunhão das vozes
Dança de Outono
Lisboa do mar
A estrada da montanha
Uma pausa
O Eclipse (Habitas no meu pensamento)
A profecia atlântica
Uma caipirinha
Um amor assim, o que será
Inventar (meditar no contratempo)
Voava na noite
A comunhão das vozes
Dança de Outono
Lisboa do mar
A estrada da montanha
Uma pausa
Disco 2 (clássicos)
O mar
Ao crepúsculo
O navio
O paraíso
Coisas pequenas
Agora – canção aos novos
Anseio (Fuga apressada)
1970 - boa colheita
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JP Simões, de nome próprio João Paulo Simões, foi membro dos Pop Dell’Arte, Belle Chase Hotel, Quinteto Tati e participou ainda no projecto A Ópera do Falhado. A grande admiração que nutre por Chico Buarque está bem patente no disco, na medida em que o género musical é próximo ao samba.
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quarta-feira, 15 de outubro de 2008
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Orpheu II
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Grande herói da Trácia, Orpheu era conhecido não pelas suas qualidades de guerreiro, mas pelas suas qualidades musicais. Recebeu do pai uma lira como presente e aprendeu a tocar com tanta dedicação e beleza, que ninguém conseguia ficar indiferente ao encanto da sua música. Tanto os seres humanos como os animais se rendiam ao seu fascínio.
Orpheu amava apaixonadamente a ninfa Eurídice. No dia do casamento de ambos, o fumo da tocha fez lacrimejar os noivos, o que não trouxe augúrios favoráveis. Pouco tempo depois, Eurídice passeava com as ninfas, quando foi surpreendida pelo pastor Aristeu, que, ao vê-la, se apaixonou perdidamente e tentou conquistá-la. Na sua fuga, Eurídice pisou uma cobra e morreu da mordedura que esta lhe fez no pé. Orpheu, inconsolável, tocou e cantou aos homens e aos deuses, mas nada conseguiu. Decidiu, então, descer ao reino dos mortos para conseguir recuperar Eurídice. Orpheu cantou o seu desgosto e o seu amor dizendo que, se não lhe devolvessem Eurídice, ele próprio ficaria ali com ela, no reino dos mortos. Todos os fantasmas que o ouviam choravam. Eurídice foi devolvida, mas com uma condição: Orpheu não poderia olhá-la antes de terem alcançado o mundo superior. Caminhando na frente, Orpheu com receio de ter sido enganado, virou-se para trás para confirmar se Eurídice o seguia. Esta, com os olhos cheios de lágrimas, foi levada para o mundo dos mortos, por uma força irreversível. Orpheu tentou alcançá-la, mas sem êxito.
Profundamente triste, Orpheu ficou na margem do rio, durante sete dias, sem comer nem dormir, suplicando a volta de Eurídice. Depois, vagueou triste e solitário pelo mundo, sem nunca mais querer saber de mulher alguma e repelindo todas aquelas que o tentavam seduzir, até que um dia, as mulheres da Trácia, enfurecidas pelo seu desprezo, o mataram. O seu corpo foi atirado ao rio Ebro e levado até à ilha de Lesbos, onde, durante muito tempo, a cabeça de Orpheu, presa numa rocha, proferia oráculos. A sua lira foi colocada num templo de Lesbos.
Profundamente triste, Orpheu ficou na margem do rio, durante sete dias, sem comer nem dormir, suplicando a volta de Eurídice. Depois, vagueou triste e solitário pelo mundo, sem nunca mais querer saber de mulher alguma e repelindo todas aquelas que o tentavam seduzir, até que um dia, as mulheres da Trácia, enfurecidas pelo seu desprezo, o mataram. O seu corpo foi atirado ao rio Ebro e levado até à ilha de Lesbos, onde, durante muito tempo, a cabeça de Orpheu, presa numa rocha, proferia oráculos. A sua lira foi colocada num templo de Lesbos.
Orpheu
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A Revista Orpheu foi publicada em Portugal em 1915 e foi fundada por Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, e outros amigos, como Almada Negreiros e Luís de Montalvor, representa o marco inicial do Modernismo em Portugal. A publicação revela nomes como Santa-Rita Pintor e Ângelo de Lima, poeta marginal internado em manicómio. A revista pretendia ser trimestral, mas apenas foram publicados duas edições, em Março e Junho de 1915. O terceiro número, apesar de preparado, não chegou a ser publicado.
Primeiro número - Março de 1915
No primeiro número desta revista colaboram Luís de Montalvor, Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa, Alfredo Pedro Guisado, Almada Negreiros, Armando Côrtes-Rodrigues e José Pacheco, o responsável pela direcção gráfica. Faz também parte deste primeiro número da revista, enquanto seu editor, António Ferro. No final da introdução a esta primeira edição, assinada pelo seu director Luís de Montalvor, o grupo manifesta o propósito de ir ao encontro de alguns desejos de bom gosto e refinados propósitos em arte que isoladamente vivem por aí, convictos de que a revista, pelo seu carácter inovador, revela um sinal de vida no ambiente literário português e o desejo, por parte do público leitor de selecção, de mostras de contentamento e de adesão para com este projecto literário.
Se da parte dos leitores de selecção, esta primeira edição encontrou mostras de carinho e de contentamento, no público em geral causou grande escândalo e polémica. A revista abalou decididamente o ambiente literário português pela ousadia e vanguardismo dos textos que nela se reuniram. Foi, sem dúvida, um sinal de vida que rompeu com as tradições literárias e significou o advento do modernismo no nosso país. O próprio Pessoa, em carta a Armando Côrtes-Rodrigues, revela o sucesso da revista e o escândalo que esta provocou, nomeadamente pelo poema 16 de Mário de Sá-Carneiro e a Ode Triunfal, de Álvaro de Campos heterónimo de Fernando Pessoa.
Segundo número - Junho de 1915
Do segundo número da revista, dirigido por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, constam textos de Ângelo de Lima, Mário de Sá-Carneiro, Raul Leal, Violante de Cysneiros, Luís de Montalvor, Fernando Pessoa e Álvaro de Campos. Esta edição conta ainda com a colaboração de Santa-Rita Pintor.
Terceiro número
O terceiro número da revista não passou, por falta de financiamento, da fase das provas de página. Para este número estavam previstos textos de Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa, Albino Menezes, Augusto Ferreira Gomes, Almada Negreiros e de Castello Moraes. Assim como colaboração artística de Amadeo de Souza-Cardoso.
Para além da falta de dinheiro para a continuidade do projecto, o grupo do Orpheu em breve se vê desagregado, para o que contribuiu o suicídio de Mário de Sá-Carneiro (1916), de Santa-Rita Pintor e de Amadeo de Souza-Cardoso (1918), e o afastamento de António Ferro, que fora editor dos dois primeiros números da revista.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Estou a ler...
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António Lobo Antunes, in "O Arquipélago da Insónia" [excerto]
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
«La maison de mon rêve»
Querida Amiga Susy,
Queria dizer-te que continuo a ouvir o CD que me ofereceste. Que estou a ouvi-lo neste momento. Que gosto. Muito.
Que tenho muitas saudades tuas. Que lamento o que aconteceu. Que continuo revoltado com o orcnac que te venceu. Escrevo a palavra ao contrário, é mais fácil. Não foi nada fácil para ti. Não pude ajudar.
Gostaria de ter convivido mais tempo contigo. O orcnac não o permitiu.
Lembro-me de ti. Lembro-me do último jantar em casa da Carlinha. Não imaginava. Alguma vez ter-te-ei dito o quanto gostava de ti? Digo-o agora. Dir-to-ei um dia, minha Amiga.
Queria dizer-te que continuo a ouvir o CD que me ofereceste. Que estou a ouvi-lo neste momento. Que gosto. Muito.
Que tenho muitas saudades tuas. Que lamento o que aconteceu. Que continuo revoltado com o orcnac que te venceu. Escrevo a palavra ao contrário, é mais fácil. Não foi nada fácil para ti. Não pude ajudar.
Gostaria de ter convivido mais tempo contigo. O orcnac não o permitiu.
Lembro-me de ti. Lembro-me do último jantar em casa da Carlinha. Não imaginava. Alguma vez ter-te-ei dito o quanto gostava de ti? Digo-o agora. Dir-to-ei um dia, minha Amiga.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Biografia
«Em frente da minha casa corre a rua principal. De um lado e doutro há um quintal de oliveiras, agora verde das batatas novas. Entro em casa, demoro-me um instante à janela para a montanha, mas acabo por sair, subindo a rampa que leva ao adro da igreja. A minha biografia começa aqui – na rampa.
[…]
Nasceram três irmãos antes de mim, mas foram morrendo pela infância fora. Nessa altura eram ainda vivos todos três, suponho. Era o começo do Verão, talvez, minha mãe e a mãe dela subiam a rampa para a missa de Domingo. E um momento, minha mãe hesitou com uma inesperada tontura. Parou, apoiou-se a minha avó:
- Não sei o que tenho, minha mãe.
Ela varou-a de iluminação e alarme:
- Não me digas! Não me digas que já arranjaste outra desgraça.
A “desgraça” era eu.»
Vergilio Ferreira, Alegria Breve [excerto]
[…]
Nasceram três irmãos antes de mim, mas foram morrendo pela infância fora. Nessa altura eram ainda vivos todos três, suponho. Era o começo do Verão, talvez, minha mãe e a mãe dela subiam a rampa para a missa de Domingo. E um momento, minha mãe hesitou com uma inesperada tontura. Parou, apoiou-se a minha avó:
- Não sei o que tenho, minha mãe.
Ela varou-a de iluminação e alarme:
- Não me digas! Não me digas que já arranjaste outra desgraça.
A “desgraça” era eu.»
Vergilio Ferreira, Alegria Breve [excerto]
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Aerial
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Aerial é uma obra-prima com dois discos: o disco 1, A Sea Of Honey, inclui 7 novas canções e abre com o primeiro single «King Of The Mountain». No disco 2, A Sky Of Honey, ouvem-se vozes de criança(s) (do seu próprio filho), cantos de pássaros, sons de ventos e gargalhadas (da própria Kate).
É uma peça conceptual, dividida em 9 partes. Kate Bush recorre à ideia de luz e ao cantar dos pássaros numa aventura musical que pretende descrever / desenhar um dia desde a tarde, noite e amanhecer.
Da sua vida privada pouco ou nada se sabe. Isolou-se numa herdade misteriosa em Inglaterra. Para cuidar do seu filho. Para ter tranquilidade. Para fazer música. Para fazer uma obra-prima como Aerial. Bem-haja!!
Da sua vida privada pouco ou nada se sabe. Isolou-se numa herdade misteriosa em Inglaterra. Para cuidar do seu filho. Para ter tranquilidade. Para fazer música. Para fazer uma obra-prima como Aerial. Bem-haja!!
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quinta-feira, 2 de outubro de 2008
«então porque não voas?»
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Sérgio Godinho
A noite passada
A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
até que te vi num castelo de areia
cantavas "sou gaivota e fui sereia"
ri-me de ti, "então porque não voas?"
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste
[...]
[...]
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Antony and The Johnsons,
Sérgio Godinho
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Elis & Tom
Elis & Tom é o resultado do encontro em estúdio de um dos músicos mais importantes da história e a cantora de maior sucesso do Brasil. Gravado, editado e lançado em 1974, o encontro de António Carlos Jobim e Elis Regina deu à música um inestimável presente.
1. Águas de Março
Alinhamento:
1. Águas de Março
2. Pois é
3. Só tinha de ser com você
4. Modinha
5. Triste
6. Corcovado
7. O que tinha de ser
8. Retrato em branco e preto
9. Brigas, nunca mais
10. Por toda a minha vida
11. Fotografia
12. Soneto de separação
13. Chovendo na roseira
14. Inútil paisagem
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