António Alçada Baptista
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Banalidade interrompida
Às vezes penso numa coisa que havia ali na feira popular, em Palhavã, e que era o Poço da Morte. Pagavam-se quinze tostões e os voluntários eram submetidos à força de um vórtice que os fazia subir colados às paredes. Eu nunca tive coragem para me meter naquilo, mas ficava espectador interessado daquela minoria audaz que se entregava livremente à força que a fazia subir. Depois a máquina parava e as pessoas continuavam normalmente coladas ao chão, passeando a sua banalidade somente interrompida.
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