domingo, 7 de junho de 2009

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Irrita-me a felicidade de todos estes homens que não sabem que são infelizes. A sua vida humana é cheia de tudo quanto constituiria uma série de angústias para uma sensibilidade verdadeira. Mas como a sua verdadeira vida é vegetativa, o que sofrem passa por eles sem lhes tocar na alma, e vivem uma vida que se pode comparar à de um homem com dor de dentes que houvesse recebido uma fortuna - a fortuna autêntica de estar vivendo sem dar por isso, o maior Dom que os deuses concedem, porque é o Dom de lhes ser semelhante, superior como eles (ainda que de outro modo) à alegria e à dor. Por isto contudo os amo a todos. Meus queridos vegetais!

Excerto de O Livro do Desassossego

8 comentários:

Anónimo disse...

esta reflexão faz-me lembrar uma outra de Dalai Lama:

Os homens «vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido».

gostei de ter descoberto o teu blog. um sorriso

Rui Sousa disse...

e é tão verdade ...............................................................................................................................

volta sempre.

rui

inÚTILreVISTA disse...

Querido Rui


apresento-nos assim.


Beijo

A.

Rui Sousa disse...

Já fui espreitar. Passarei a visitar.

Aguardo expectante a evolução do projecto, para o qual desejo os maiores sucessos!

Ana, sempre a supreender! Que bom.

um beijo do Rui

A. disse...

Muitíssimo obrigada, Rui


...uma aventura, sem dúvida!








(Estive no Saldanha...não te vi)

Beijos

Rui Sousa disse...

:-)

onde andaria eu?!?!?!...

fica para a próxima

beijos

sharp disse...

São mentes como estas que se unem ao meu ego...!!!

Rui Sousa disse...

são mentes como estas que me fazem sorrir e acreditar.

são mentes como estas que também me mostram alguma mediocridade que nos rodeia todos os dias.

são mentes como estas que me estimulam.