Diz-se que o livro foi escrito ao som das Variações Goldberg de Bach. Parece que a música deixou reflexos no texto.
Trata-se de uma viagem ao que mais obscuro da mente humana: alguém que se entrega apaixonadamente à criação e com a mesma alegria feroz à destruição; uma personagem que está sozinha do princípio ao fim (como todos nós??) e se entrega a uma dança feroz consigo mesma, uma dança de morte.
Quando um jornalista confidenciou ao autor que ficou aterrorizado ao ler uma passagem do livro, Bardin disse que lhe acontecia o mesmo sempre que o relia…
Como observou Patricia Highsmith: Todos nós, nalguma altura da vida, conhecemos estes sentimentos , mas damos um passo atrás, e não nos atrevemos a pensar no que teria acontecido se não o fizéssemos; os que conseguirem ler este romance não o esquecerão tão cedo (...).
Que o Diabo Leve a Mosca Azul
John Franklin Bardin,
Relógio D'Água, 2009
Prefácio de Ana Teresa Pereira
Tradução de Carlos Correia Monteiro de Oliveira
Capa de Carlos César sobre gravura de Peter Maynard
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