terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Cativar

(...)
– Anda brincar comigo – pediu-lhe o principezinho. - Estou triste...
– Não posso ir brincar contigo – disse a raposa. – Ainda ninguém me cativou...
(...)
– «Cativar» quer dizer o quê? – Perguntou o principezinho?
– É a única coisa que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. - Quer dizer criar laços…
– «Criar laços»?

- Sim, laços – disse a raposa. – (…) se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti…
(…)
- E tenho de fazer o quê? - Perguntou o principezinho.
- Tens de ter muita paciência – respondeu a raposa. - Primeiro, sentas-te longe de mim…assim…na relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não me dizes nada. As palavras são uma fonte de mal-entendidos. Mas podes sentar-te cada dia um bocadinho mais perto...

3 comentários:

Anónimo disse...

Foi um livro que me marcou pela sua enorme e singular profundidade. Não há ensaio de sociologia que melhor fale de amizade, amor e respeito. Tenho uma mágoa de não ter trazido de Paris uma versão francesa do livro!

Abssinto

Rui Sousa disse...

:-)

prometo oferecer-te um dia um exemplar da língua de partida :-))

abraço

Anónimo disse...

Hehe, obrigado, R.:) Cá encontra-se facilmente edições em francês, mas o Le petit prince comprado em França deverá ter sempre outro sabor!