Ontem, motivado por uma vontade (e talvez necessidade) de evasão (…), fui à estante e retirei "As Cidades Invisíveis" do Calvino. Para quem ainda não o leu, aconselho que o faça.
O livro assemelha-se a um conjunto de 55 mini-contos (1-2 páginas) que pretendem, cada um deles, descrever cidades (ideais, oníricas, fantásticas, surreais, perdidas, fascinantes, impossíveis, invisíveis). São relatos feitos por Marco Polo a Kublai Kan (rei dos mongóis) acerca das suas viagens.
No fim de cada descrição, fica a vontade de as conhecer melhor, de passear por elas, de as fotografar, de nos sentarmos numa qualquer esplanada ao fim da tarde… ou então, para que a magia não se acabe, de as olhar apenas de relance para que se não desmoronem…
Aqui fica um excerto:
- Viajas para reviver o teu passado? - era agora a pergunta do Kan, que também podia ser formulada assim:
- Viajas para achar o teu futuro? E a resposta de Marco Polo:
- O Algures é um espelho em negativo. O viajante reconhece o pouco que é seu, descobrindo o muito que não teve nem terá.
PS: se alguém descobrir a localização de uma delas, por favor diga-me. Já tenho a mochila pronta, com um bloco de notas e um exemplar de “As cidades invisíveis”.
O livro assemelha-se a um conjunto de 55 mini-contos (1-2 páginas) que pretendem, cada um deles, descrever cidades (ideais, oníricas, fantásticas, surreais, perdidas, fascinantes, impossíveis, invisíveis). São relatos feitos por Marco Polo a Kublai Kan (rei dos mongóis) acerca das suas viagens.
No fim de cada descrição, fica a vontade de as conhecer melhor, de passear por elas, de as fotografar, de nos sentarmos numa qualquer esplanada ao fim da tarde… ou então, para que a magia não se acabe, de as olhar apenas de relance para que se não desmoronem…
Aqui fica um excerto:
- Viajas para reviver o teu passado? - era agora a pergunta do Kan, que também podia ser formulada assim:
- Viajas para achar o teu futuro? E a resposta de Marco Polo:
- O Algures é um espelho em negativo. O viajante reconhece o pouco que é seu, descobrindo o muito que não teve nem terá.
PS: se alguém descobrir a localização de uma delas, por favor diga-me. Já tenho a mochila pronta, com um bloco de notas e um exemplar de “As cidades invisíveis”.
4 comentários:
Tenho mas não li ainda. Parece-me ir beber ao belíssimo "Utopia" do T. Morus, a ti não?
não li... é possível... mas acredito na originalidade e propriedade do mesmo. :-)
E a resposta de Valentim:
- Viajo simplesmente. Aqui, a li, dentro de mim... Viajo em todos os sentidos, onde o passado e o futuro se encontram pois ambos são o seu reflexo. Mesmo que georáficamente a terra não exista, prosseguirei a minha viagem sem fim. Pois por onde eu me aventurar será para sempre meu.
:-)
gostei muito do teu comentário Valentim.
também tu me levas nalgumas viagens, sempre interessantes, sempre surpreendentes.
bem-haja!
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